O voto de nazireu foi institucionalizado e regulamentado na Torá, mais precisamente no livro da Bíblia Sagrada de Números 6.1-21.
Nazireu é aquela pessoa, homem ou mulher, que na lei de Moisés se obrigava, por voto, a abster-se de vinho e qualquer bebida alcoólica, de abster-se do consumo de determinados tipos de alimentos, a deixar crescer o cabelo sem nunca cortar nem suas pontas, a não entrar em casas ou ambientes onde houvesse ali um cadáver, e a não assistir qualquer funeral, nem mesmo de parentes próximos. Se, acidentalmente, alguém morresse na presença de um nazireu, este era obrigado a recomeçar o seu voto de nazireu raspando a cabeça e voltando a deixar o "novo cabelo" crescer.
Geralmente, o voto era por determinado período de tempo, mas algumas vezes era por toda a vida (perpétuo). Nazireus perpétuos, como Sansão, Samuel e João Batista foram consagrados a esta condição de vida pelos seus pais desde o ventre; sendo assim, durante a formação do futuro nazireu no ventre de sua mãe, esta deveria participar do voto de nazireu de seu filho(a) não contaminando-se com bebidas alcoólicas, nem com vinho, nem consumindo certos tipos de alimentos, até o nascimento de seu filho(a) nazireu.
Aqueles que faziam o voto de nazireu fora da Palestina, e não podiam ir ao templo quando expirava o tempo do voto, contentavam-se em observar, na terra onde viviam, a abstinência requerida pela Lei, cortando, porém, o seu cabelo.
Quanto as ofertas e sacrifícios que, prescritos por Moisés, deviam ser efetuados no templo, ou por eles, ou por outros em seu lugar, ficavam adiados até que se oferecesse conveniente oportunidade. Essa é a razão porque Paulo, estando em Corinto, e tendo feito, segundo parece, uma forma modificada de voto de nazireu, mandou cortar o seu cabelo em Cencréia, um ponto de Corinto, e adiou as restantes obrigações do seu voto para quando fosse para Jerusalém (Nm 6.1-21; At 18.18; 21.23-24).
A consagração de um nazireu era uma disposição que notavelmente se assemelhava a do sumo sacerdote (Lv 21.10-12).
O voto do nazireu era feito com o fim de cultivar a soberania da vontade e vencer as baixas inclinações da natureza humana, tendo isso o significado de um sacrifício a Deus.
POSTADO POR: Maurício Beringuy
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